Em 1887, Emile Berliner conseguiu uma patente para a sua última invenção - uma maneira que lhe permitia gravar e transmitir som através de um disco ao qual chamou gramofone. Uma década antes, Edison tinha apresentado o seu fonógrafo que é, ainda hoje, considerado o primeiro instrumento capaz de gravar som, através da rotação de um cilindro. No final do século XIX e início do século XX, ambas as tecnologias competiram como principais formas de gravar e transmitir som, naquela que pode ser considerada a primeira guerra de formatos na música.
Como sabemos o gramofone e o disco acabaram por ser o formato que saiu vencedor desta guerra. O formato standard durante várias décadas foi o disco de goma-laca com 10 polegadas e 78 rotações por minuto, usado por artistas e orquestras para gravarem os seus trabalhos e fazerem-no chegar pela primeira vez à casa das pessoas.
Os discos permitiam a gravação de 3 minutos de música. O processo de gravação era bastante rudimentar e chamava-se gravação acústica. Usava-se um disco vazio e punha-se uma orquestra a gravar para um cone de grande dimensão para direcionar o som para o disco. Terminada a gravação, o disco era utilizado para fazer um disco-mestre que depois seria utilizado para fazer as cópias. Com a invenção do microfone nos anos 20, o processo ficou mais fácil.
Na década de 40, as principais editoras americanas - a Columbia Records e a Victor RCA - começaram a trabalhar em novos formatos para o disco, que pudessem ter maior capacidade de gravação e melhor qualidade de som, nomeadamente com um novo material plástico à base de vinil que levaria à utilização do nome que usamos agora. . Em 1948, a Columbia introduziu o formato LP (long play) com a velocidade de 33 e 1/3 rotações por minuto, um diâmetro de 12 polegadas, que conseguia albergar 45min de som entre os dois lados do disco, o que era uma incrível melhoria comparado com os discos de goma-laca. Esta melhoria deu origem à era dos álbuns, onde os músicos podiam tocar por quanto tempo quisessem e ordenar as músicas como quisessem, levando a que este formato se tornasse bastante popular.
Em 1949, a Victor RCA introduziu o EP (extended play), um disco com 45 rotações por minuto, diâmetro de 7 polegadas, que ofereciam 15 minutos de som entre os dois lados. Apesar de não ter a capacidade do LP, tornou-se o formato standard para um single que continuou a ser um formato popular apesar da invenção do álbum. Assim, nos anos seguintes, o vinil foi o formato dominador para grande parte dos artistas e bandas que hoje são tidos como referências da música.