Animal Crossing

Animal Crossing chega à Nintendo Switch


Imagina um jogo de simulação parecido com o Sims, em que o objetivo não é controlares o teu próprio mundo nem o comportamento de personagens que criaste, mas sim contribuíres à tua maneira, com diversas atividades, para o bem-estar de uma vila e das pessoas que nela vivem. Se te parece o videojogo que procuravas, o seu nome é Animal Crossing.

A comparação com o The Sims é algo que tem acompanhado o franchise do Animal Crossing desde que foi criado e lançado em 2001 pela Nintendo, um ano depois do jogo desenvolvido pela Electronic Arts. Desde aí, sempre passou um pouco debaixo do radar quando comparado com o franchise mais vendido de sempre (o Sims vendeu 200 milhões de unidades desde que foi criado), mas isso não impediu de ser um dos jogos queridos dos críticos e da legião de fãs que foi capaz de criar.

A premissa do jogo não é muito complexa. No Animal Crossing, o jogador cria a sua personagem humana que tem de conviver numa vila habitada com diversos animais antropomórficos, à semelhança do que acontece – numa perspetiva mais cosmopolita- na série animada da Netflix "Bojack Horseman". Na vila, o jogador tem de desempenhar uma série de tarefas como pescar, apanhar insetos, caçar fósseis, plantar diversos tipos de fauna e flora e socializar com os seus vizinhos.


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Existem vários fatores que tornam este jogo peculiar. Por um lado, não tem uma conclusão nem objetivos definidos, desafiando-te a passar o tempo que quiseres a fazer as diversas atividades que são colocadas à tua disposição. Nestas atividades, colecionas items que depois podem ser trocados por Bells, a moeda do videojogo, que te permitem customizar a tua personagem como gostares mais, comprar mobília para a tua casa e decorá-la, expandir o teu terreno e construir uma casa maior, investir em ações ou até jogar jogos de sorte. Por outro lado, estas mesmas atividades podem colocar-te conflitos e problemas da vida real, como dívidas ou problemas com algumas das personagens com que te relacionas que podem decidir abandonar a vila por causa disso.


Outra particularidade, é ser jogado em tempo real usando o relógio e o calendário internos da consola, criando uma sensação de que a própria vida do jogo faz parte da tua rotina. Os feriados, os crescimentos de uma planta, entre outras coisas, respeitam, de certa forma, o tempo que demorariam na “realidade”. Aliás, durante o jogo existem alguns eventos e cenas com outras personagens que reforçam ainda mais esta ideia pois, ao mesmo tempo que desenvolves relações com outras personagens da tua vida – conversando, trocando cartas, jogando às “escondidas” -, elas continuam a ter as suas próprias rotinas e não tens qualquer controlo sobre elas (ao contrário do que acontece no Sims). Estas características, juntamente com a famosa banda sonora, mantiveram-se nas diferentes edições do jogo desde que o primeiro Animal Crossing foi lançado e apaixonaram fãs por todo o mundo, que podiam ter no jogo uma espécie de vida alternativa. Vamos relembrá-las?


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Animal Crossing (2001)


Lançado na Nintendo 64, foi bem recebido pelos críticos e vendeu mais de 2 milhões de cópias no mundo inteiro. Introduziu personagens que iriam aparecer em versões subsequentes como Tom Nooki, o guaxini agiota que é dono de lojas, e que te persegue se te endividares com ele.


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