Picada de ácaro: mitos e cuidados
É bastante frequente ouvirmos histórias sobre “picadas de ácaros de colchão”, mas, antes de mais, é importante esclarecermos um mito comum: que os ácaros picam. Na verdade, isto não acontece.
Ao contrário de outros seres, os ácaros alimentam-se principalmente de células mortas da pele humana. Por isso, as reações na pele que muitos atribuem a "picadas de ácaro de colchão" são então, reações alérgicas aos excrementos e partes do corpo dos ácaros, que ficam espalhadas pelo colchão e por outras superfícies da cama e que entram em contacto com a nossa pele.
Estes resíduos são extremamente pequenos, mas podem desencadear respostas alérgicas em pessoas mais sensíveis, levando a sintomas como coceira, espirros e vermelhidão na pele.
Uma outra ideia que precisa de ser desmitificada é o facto de os ácaros só existirem em ambientes sujos, já que, na realidade, mesmo em ambientes limpos, os colchões, almofadas e carpetes constituem o sítio perfeito para a sobrevivência dos ácaros, devido à acumulação inevitável de pele morta, humidade e calor.
Por esse motivo, é crucial ter alguns cuidados, principalmente relacionados com a limpeza e ventilação regular em casa, de modo a controlar e diminuir a disseminação dos ácaros. Para aqueles que já sofrem de alergias severas aos ácaros, pode ser necessário tomar medidas adicionais, como o uso de purificadores de ar, que ajudam a remover alergénios do ar, e evitar o uso de tapetes no quarto, que são ambientes ideais para a proliferação de ácaros.