Ninja abandona a Twitch e assina pelo Mixer

Ninja no Mixer

É o nome mais conhecido do universo do streaming e do gaming. O Ninja chegou aos 280 mil subscritores na Twitch, mas, recentemente, mudou as suas transmissões em exclusivo para o Mixer, da Microsoft.


Quem é o Ninja?

Tyler “Ninja” Blevins, ou simplesmente Ninja, como é conhecido no mundo online, é um youtuber e streamer norte-americano. Começou por fazer streams de videojogos, em 2017, na plataforma Twitch, onde acabou por se tornar no maior nome. Conhecido pelas transmissões online do jogo Fortnite, o streamer é dono de vários recordes de audiência. Uma das suas transmissões mais conhecidas foi com o cantor Drake, onde Ninja alcançou mais de 600 mil espetadores em simultâneo. No dia 1 de agosto, agitou os fãs de streaming ao anunciar que ia mudar de plataforma, trocando a Twitch pelo serviço concorrente, o Mixer. A primeira transmissão na nova ‘casa’ foi feita no dia 2 de agosto e, desde então, o Ninja já conta com mais de 1,8 milhões de seguidores na nova plataforma. A mudança foi anunciada pelo Ninja no seu canal de YouTube e a transferência serviu de rampa de lançamento para que o serviço da Microsoft ganhasse popularidade. Antes da sua primeira transmissão, Ninja já contava com 500 mil subscritores no Mixer e, cinco dias após o anúncio, o streamer alcançou 1 milhão.


Porque é que houve polémica?


Após anunciar a exclusividade com o Mixer, o primeiro passo da Twitch foi remover o certificado da conta. Ainda no rescaldo da mudança, e de forma a aproveitar a popularidade do canal de Ninja, a Twitch utilizou o perfil, agora vazio, para divulgar outros canais. A polémica surgiu depois de Ninja se ter apercebido de que estavam a ser promovidos conteúdos pornográficos, associados a uma tag de Battle Royal. As escolhas dos canais que eram divulgados não eram da responsabilidade da Twitch mas, ainda assim, o episódio gerou polémica, uma vez que Ninja não gostou de ver conteúdos pornográficos associados ao seu trabalho. Num vídeo partilhado no Twitter, o streamer mostrou-se descontente e aproveitou para destacar que este tipo de atividade não tinha sido registada noutros canais de streamers que, assim como ele, escolheram abandonar a plataforma.

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Mas afinal o que é o streaming?


Os primeiros rastos de live streaming começaram no YouTube e desde então que as transmissões em tempo real se alargaram para plataformas exclusivas e com diferentes temáticas. Quem acabou por dominar foram os videojogos, que têm como principais plataformas de transmissão a Twitch e o Mixer. A aplicação ‘rainha’ é a Twitch. O serviço de streaming, atualmente da Amazon, foi lançado em 2011 e é o mais utilizado nos Estados Unidos da América. Por outro lado, o Mixer foi lançado em 2016 (na altura, com o nome Beam) e acabou por ser comprado pela Microsoft.

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Apesar de serem vistas como concorrentes, o número de streamers na Twitch é praticamente o dobro do número de pessoas a transmitir no Mixer. As transmissões podem ser feitas e vistas por todo o mundo. Para além dos streamers que jogam a título individual, as plataformas também permitem assistir a torneios de eSports e a convenções de videojogos. Fortnite, League of Legends, Counter-Strike, Minecraft e World of Warcraft são nomes de alguns dos jogos mais populares. Ainda que tenha perdido o maior streamer da plataforma, a Twitch mantêm-se na liderança no que toca aos serviços de transmissão online e pretende trazer novidades para quem faz parte da comunidade. A introdução de uma moeda virtual vai ser a próxima aposta e o principal objetivo é criar ferramentas que fomentem uma dinâmica mais forte entre streamers e seguidores.

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